“E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém”. – Mateus 6:13 (NVI)
A clássica frase final da oração do Pai Nosso realmente nos diz muito respeito. Jesus não ensinou que devemos pedir livramento da tentação nem sequer deixou vestígios de que não seríamos tentados. Do contrário, Ele pede que “não nos deixes cair em tentação”. É nesse momento que muitos Cristãos começam a se questionar se realmente foram encontrados por Cristo, ou até mesmo se a vida com Deus vale à pena.
“Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. – Mateus 26:41 (NVI)
Essa segunda advertência de Cristo é complementar à primeira. Assim como em todo o Novo Testamento, aprendemos que a carne é fraca e está sempre pronta para caminhar em direção ao pecado. Jesus deixa claro que devemos orar e vigiar para não cairmos em tentação. Assim, concluímos: teremos uma vida com tentações.
O mais interessante é que Jesus também passou por uma forte tentação, logo no início do Seu ministério (Lc 4). Em tudo, porém, não pecou (Hb 4.15). Através da Sua tentação, Cristo nos ensinou valiosas lições. A principal delas é a necessidade que temos de conhecer a Palavra de Deus a fim de confrontar o pecado (leia o texto de Lucas 4).
A tentação, por sua vez, é bastante mentirosa. Geralmente ela carrega um conteúdo cheio de mentiras e precisamos aprender a identificá-las a fim de não cairmos em seus encantos. A primeira mentira da tentação é de que ela irá nos satisfazer. O pecado tem essa tendência de satisfação rápida, mas é enganoso, pois apenas Deus e Sua vontade podem nos satisfazer completamente. Sexo no namoro nos satisfaz carnalmente, mas apenas o sexo puro no contexto do casamento pode nos satisfazer por completo.
A segunda mentira é de que merecemos o prazer proporcionado pelo pecado. Nós não precisamos de qualquer prazer que não seja dentro da vontade de Deus. A tentação geralmente insinua que merecemos esse prazer momentâneo proporcionado por ela e seu pecado.
A terceira mentira é a de que não é tão ruim quanto aquele outro pecado. Essa talvez seja a mentira mais sedutora da tentação, pois nos encoraja a comparar o “nosso pecadinho” com o “pecadão do outro”. Somos enganados por achar que nosso pecado é menor e menos danoso que o do nosso próximo.
A quarta mentira diz que “bom, já pequei mesmo, então posso continuar”. Pare onde você está! Isso nunca pode ser uma justificativa para continuar pecando e cedendo às tentações.
A quinta e última mentira é que Deus já nos perdoou por esse pecado, então tudo bem ceder. A mais danosa mentira de todas. Deus nos perdoou e nos perdoa, quantas vezes for necessário, mas precisamos entender que Ele é justo e não conivente com o pecado, de forma alguma. Se estamos em pecado, andando nas trevas, a luz não pode estar em nós (1 Jo 1.6). Por isso, precisamos obedecer aos Seus mandamentos.
Não se deixe enganar: a tentação virá. O pecado bate à porta, mas Cristo venceu o mundo e nós também podemos vencer. Não esqueça das mentiras da tentação, combata todas elas com oração e vigília. Cuide da sua vida com Deus!