Até que a morte nos separe

Até que a morte nos separe

Blog By maio 19, 2014

Até que a morte nos separe

Voltando ao livro ‘Preocupação – um hábito que pode ser quebrado’ de Elizabeth George, o terceiro capítulo do livro fala sobre as preocupações dentro do casamento, esse é um capítulo em que eu pouco poderei acrescentar do resumo, pois as únicas experiências que conheço são de algumas pessoas próximas.

“Recebo, diariamente, um grande número de cartas e e-mails e também converso regularmente, por ocasião de minhas conferências, com mulheres que estão lidando com problemas em seus casamentos. Quem sabe você seja uma mulher rara e excepcional, que não tenha problemas, ou que já tenha sido capaz de controlar suas preocupações. Se este for o caso, por favor, escreva um livro e compartilhe conosco seus segredos! Mas, quanto ao restante de nós, vamos conversar agora sobre algumas áreas em que temos a tendência de nos preocupar com nossos maridos.”

A escritora relata a história de Gladys, que se encontrava na sala de espera de um hospital aguardando o resultado da cirurgia de 4 pontes safena de seu marido, há mais de 30 anos, John.

Área de saúde: o item “saúde do marido” está no topo da lista das preocupações das mulheres. “A vida muda conforme o tempo passa e as preocupações vão se avolumando proporcionalmente! As estatísticas revelam que a maioria dos maridos morre antes de suas esposas… O que você pode fazer é ajudá-lo a lidar com a saúde, incentivar e objetivar, mas se ele não quiser cooperar, ou se as mudanças que vocês implementaram não funcionarem, infelizmente você poderá ir parar na sala de espera de um hospital!”

Área de trabalho: “Os maridos se preocupam com a estabilidade do emprego e com a renda. E as esposas também! Conheço uma mulher que não trabalha fora, mas tem preocupações de sobra com o marido que foi contratado para realizar um projeto bem específico. Se ele cumprir o prazo e o projeto for aprovado, ele conseguirá manter seu trabalho por mais um ano… Outra situação que ocorre muito é a da esposa que recebe um telefonema do marido, uma hora após ele ter saído de casa para trabalhar, dizendo que está voltando para casa. A firma em questão avisara que estaria dispensando alguns funcionários. E, naquela manhã, logo o marido dela fora cortado! Alguns dos funcionários que estavam sob a ameaça de corte conseguiram guardar algum dinheiro. Com isso, puderam se manter por alguns meses, pois a quantia fora separada exatamente caso lhes sobreviesse esse tipo de situação. Mas, a mulher se preocupa assim mesmo. ‘O que acontecerá quando o dinheiro acabar, já que conseguir emprego hoje está mais difícil do que nunca?’. Também já ouvi muitos casos em que o marido, devido ao grande estresse e preocupação com a segurança de seu emprego, teve problemas cardíacos ou desenvolveu outros sérios problemas físicos.”

Área espiritual: “Para uma mulher cristã, o crescimento espiritual está, em geral, nos primeiros lugares de sua lista de objetivos. Mas quando se trata do crescimento espiritual do marido, ou a ausência deste, bem… Isso pode ser um motivo de estresse e de preocupação. Por quê? Porque a ligação entre marido e esposa é muito profunda. O que afeta um, afeta o outro. E porque o casamento é a união de dois pecadores egoístas; um bom relacionamento implica trabalho duro por parte dos dois parceiros, mesmo que ambos sejam cristãos maduros e em crescimento contínuo. Se um dos parceiros não está no mesmo passo, espiritualmente falando, o casamento e a família sofrem e ficam em grande desvantagem. Essa união é como uma banqueta de três pernas com uma delas cortada. Algo absolutamente vital estará faltando. Se o casal não está focado em Deus, seguindo suas orientações para a vida, nem sendo liderado pelo Espírito Santo, isso aumenta em enormes proporções as possibilidades de discordâncias, falhas de comunicação e mal-entendidos. Gladys é um excelente exemplo desse abismo espiritual entre marido e mulher. Ela sempre amara a Deus, tendo sido, ao longo dos anos, fiel na leitura e estudo da Bíblia. Por sua familiaridade com a Palavra, ela era frequentemente convidada para dar estudos bíblicos para mulheres. No começo ela ficou muito animada e sua dedicação ao ensino trouxe-lhe, também, grande e rápido crescimento espiritual. Havia apenas um problema. John não estava no mesmo patamar espiritual que ela e, sinceramente, nem queria estar. Nos primeiros anos de casamento, ele até se esforçou. Mas, como Gladys começou a frequentar os estudos bíblicos e até mesmo a ensinar, seu zelo inicial começou a diminuir. Depois de alguns anos, Gladys sentiu que John passara a se retrair diante de assuntos espirituais e a ficar intimidado por seu crescimento e entusiasmo. Por fim, ele desistiu de tentar alcançá-la. Gladys queria ser fiel aos seus dons espirituais, mas começou a temer que seus compromissos com a igreja pudessem criar uma barreira entre ela e o marido. Enquanto Gladys estava naquela sala esperando para saber se John iria sobreviver, as perguntas que por anos a tinham atormentado vieram novamente à tona: “Como manter meu casamento e ainda servir fielmente a Deus? E se John viver, o que eu poderei fazer para incentivar seu relacionamento com o Senhor? Mais do que nunca ele precisa agora da força e ajuda de Deus! E se ele morrer, será que seu relacionamento com Deus é real? Será que ele é verdadeiramente salvo? Será que vamos nos encontrar no céu?”.

Área de fidelidade: A tentação sexual não é assunto de hoje em dia (Provérbios 7:6-23 possivelmente escrito em 1000 a.C.). “Tentação física em todas as suas formas é uma preocupação constante, especialmente se ela está preocupada com o relacionamento do marido com Deus. Se ele está oscilando espiritualmente, isso costuma afetar o casamento e a capacidade de resistir à tentação.”

Área de amizade: “O casamento é um relacionamento especial e único. Para que ele continue vivo e vibrante é necessário que ambos os parceiros continuem a trabalhar para encontrar interesses em comum. Você se lembra da época de namoro? Você e seu então futuro marido procuravam deixar bem claro do que cada um gostava e faziam um baita esforço para se comunicarem a respeito de um grande número de áreas. Porém, como é normal na maioria dos casamentos torna-se cada vez mais difícil superar as necessidades de sobrevivência e manter a sintonia um com o outro.”

O que você pode fazer?

“Abigail, uma mulher do Antigo Testamento, vem em nosso socorro. Ela tem sábio conselhos sobre como podemos apoiar nossos maridos, especialmente em tempos difíceis.

1 Samuel 25:1-13: Nabal era um homem rico, mas rude, grosso, indelicado, antissocial e provavelmente alcoólatra. A Bíblia diz que ele era mau (v.17), e que o significado de seu nome era “tolo” (v.25). Nabal ofendeu o guerreiro e futuro rei Davi, recusando-se a dar alimento aos seus homens, mesmo depois de eles terem protegido os pastores e os rebanhos de sua propriedade. Davi ficou tão ofendido com aquela injustiça, que saiu para encontrar Nabal, e sua família, pronto para causar grande dano a eles. Quando Abigail ficou sabendo do tratamento ultrajante de Nabal a Davi e seus homens, bem como de sua ira e o plano para aniquilar Nabal e tudo o que a ele pertencesse, ela entrou em ação para fazer o que o marido deveria ter feito (1 Samuel 25:14-38). Ela juntou todas as coisas que o grupo de Davi precisava e as levou até ele, jogando-se aos seus pés. Ali, ela implorou por sua misericórdia, na esperança de acalmar a fúria que ameaçava sua vida e a de sua família.”

Como você teria lidado com essa situação?

“O ponto principal da história de Abigail é que você pode ajudar seu marido, mesmo que ele não queira. E adivinhe! Esse tipo de ajuda não é resultado da preocupação. Não, não é! Ele vem da sabedoria – decisões sábias, atitudes sábias e palavras sábias dirigidas por Deus em resposta às suas orações; não vem de sua preocupação! Você só precisa ser discreta, pedir a ajuda de Deus, agir de acordo com o que ele orientar e não sob o impulso de sua ansiedade.”

“O casamento é um trabalho em equipe. E às vezes as equipes falham ao trabalhar em conjunto, como unidade. Quando isso ocorre, seu desempenho é prejudicado. Bom, com o casamento é assim. Vocês formam uma equipe. E não há como forçar seu parceiro a fazer algo que ele não queira. Então, em vez de se preocupar, faça o que puder para ajudá-lo e honrá-lo.”

* Pare de se preocupar com as falhar de seu marido;

* Intensifique as orações por seu marido;

* Converse com seu marido.

“Converse com Deus sobre as áreas da vida de seu marido que a preocupam. Depois, fale com ele de forma honesta e aberta.”

Você tem disposição?

* Disposição para obedecer aos mandamentos de Deus, de não se preocupar?

* Disposição para confiar em Deus, em vez de ficar ansiosa?

* Disposição para trocar a preocupação pela força, sabedoria e paz de Deus, que excede todo o entendimento?

“Se o casal não está focado em Deus, seguindo suas orientações para a vida, nem sendo liderado pelo Espírito Santo, isso aumenta em enormes proporções as possibilidades de discordâncias, falhas de comunicação e mal-entendidos.”

Sua parte para vencer as preocupações é buscar ao Senhor, que Ele vai livrar você de todas as preocupações (veja Salmos 34:4).

Lembre-se:

“Todo o amanhã tem duas alças. Nós podemos segurá-lo pela alça da ansiedade, ou pela alça da fé.” Henry Ward Beecher.


Essa série de posts é um resumo do livro Preocupação, de Elizabeth George, publicado pela editora Hagnos. Cada post resume um capítulo e você pode adquirir o livro para conferir os assuntos com maiores detalhes clicando na referência abaixo.

Referência: GEORGE, Elizabeth. Preocupação – um hábito que pode ser quebrado [tradução Iara Vasconcellos]. São Paulo: Hagnos, 2011.

Sobre Paloma Pena

Teimosa, intensa, super protetora, eterna criança, aprendiz de engraçada.

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