O pecado é um tema constante, mas muitas vezes tímido. Uma ideia que não se define muito bem, que pode ser conhecida pela transgressão de uma lei. A iniquidade, termo a que frequentemente o pecado é referido, é uma violação. Geralmente é algo que se pratica ou faz, que é sabido ser errado. Apesar de os Cristãos saberem da existência dele, o pecado muitas vezes ocorre de forma sorrateira e se camufla em meio a um emaranhado de ideias e conceitos. Por exemplo, quem dirá, nos dias de hoje, que dedicar um tempo indevido ao entretenimento é pecado? Nem eu me arrisco neste momento e, com certeza, muitos irão contestar. Alguns poucos, porém, terão diversos argumentos que provarão ser pecado o que eles afirmam. Dessa forma, é possível entender que a percepção do que é pecado pode mudar de pessoa para pessoa. No entanto, isso não muda o fato de que há pecados sérios e absolutos, que alteram profundamente a forma como o ser humano vive e se relaciona entre si e, principalmente, com Deus.
Devido às transgressões, o ser humano se colocou em uma posição de distanciamento do Seu Senhor. O que separa o homem de Deus é o pecado e o que nos traz de volta a Ele é Jesus Cristo. Portanto, é necessário conhecer e entender as suas profundezas mais sérias artimanhas. É comum, e tenho visto isso no decorrer da minha caminhada com Cristo, que as pessoas continuem na prática do erro mesmo após terem experimentado um relacionamento íntimo com o Senhor. Ele se infiltra na Igreja e nas comunidades Cristãs, nas famílias e na mente individual. Por mais que tenhamos regras e limites, mesmo contra nossa própria vontade, a nossa própria concupiscência (isto é, nossa vontade humana, nosso apetite carnal desordenado) planta sua semente. Se permitirmos, essa semente cresce e se torna um pecado. E este, por fim, gera a morte (ver Ti 1.15).
Deu pra perceber que pecado é um assunto muito sério. Por essa razão, vamos iniciar uma nova série, chamada Os sete pecados capitais. Basicamente, vamos tratar dos “principais” pecados, aqueles que são capitais, que são fundamentais e acarretam a morte. A partir de hoje, nas próximas sete semanas, trataremos dos pecados capitais de forma individual: soberba, inveja, ira, gula, avareza, preguiça e luxúria. Vou usar como base o livro intitulado “Os sete pecados capitais”, de Graham Tomlin, que descreve em detalhes os sete pecados, na tentativa de expô-los e propor uma saída para quem busca se libertar.
Oro para que Deus use essa série em nosso favor. Sei da realidade de muitos Cristãos, incluindo eu mesmo, que não conseguem se libertar e entender as profundezas das suas iniquidades. Que, ao olhar mais de perto cada um desses pecados, venhamos a aprender a ser livres, deixá-los de lado e olhar para Cristo, nosso libertador. É importante ressaltar que Jesus está sempre disposto a estender Suas mãos e nos resgatar do fundo. Seu amor é incomparável e a misericórdia de Deus dura para sempre. E, juntos, vamos mergulhar na verdade do Amor de Cristo em combate ao pecado. Termino este texto com a frase de capa do livro: “o pecado é uma paródia a um tipo de comportamento que tenta ser parecido com o lado bom do ser humano”.