Eu estava cansada demais.
Tinha trabalhado intensamente durante o dia e arrumado tempo para estudar à noite.
Sentada em um assento do metrô, encostei minha cabeça no vidro e ela começou a latejar.
– Será que ainda é possível Te encontrar?
Dentro daquele transporte há tanta vida.
São tantas histórias, tanta correria.
Tantas vitórias, tantos desastres do meio-dia.
Tantos poemas e ao mesmo tempo tão pouca melodia!
– Como podia, no meio de toda aquela gente, ainda me sentir sozinha?
Eu não estava.
Naquele dia, quando desci no terminal, entendi que o Teu amor é como a última estação: muitos saem no caminho, olham outras portas se abrirem e simplesmente se vão.
E Você, tão simples e tão presente, me esperando quando se abriu a porta daquele vagão.
Senhor, obrigada por me ensinar a não viver apenas com a razão!
Só com a razão, como poderia crer que estavas me dando a mão?
Que estavas a me esperar no fim do caminho para me levar em segurança até meu pedacinho de chão?
Eu sei, tenho andado distraída.
Mas o Teu amor não cessa nem dorme.
Continuas querendo me acompanhar!
É o Senhor que no fim do dia tem meu mais precioso “Eu te amo” e meu coração grato por Te encontrar.
Eu sei, tenho andado distraída.
Mas ainda choro quando penso em tudo o que já aconteceu Entre Nós.
Obrigada por não me abandonar.
Sem Você não volto para casa.
Sem Você não vou a nenhum lugar!